Estive pensando sobre a importância do que falamos para as pessoas e decidi escrever algumas linhas a respeito da imensa influência sobre seus comportamentos e ações.
Isto é ainda mais verídico quando tais pessoas estão envolvidas emocionalmente conosco: família em geral (principalmente pais, irmãos, esposo (a)), amigos, alguns colegas de trabalho, alguns colegas da escola/faculdade, namorado (a), enfim.
E pensei sobre a responsabilidade que possuímos sobre o que falamos. E, mais, que existem muitas pessoas irresponsáveis, que saem dizendo o que lhes vem à mente sem pensar no que uma simples frase influenciará na vida da outra pessoa.
Essas associações podem parecer meio inverdades, mas imagine alguém do seu convívio, e que você valoriza bastante, lhe dizendo sempre: “Você está feio (a), você está feio (a)”, “você está feio (a)”, por várias vezes, ou uma só vez que valha por dez! Pode ter certeza que, mesmo que no início não dê muita importância, depois vai olhar no espelho e dizer: “é... talvez eu esteja mesmo feio (a)” e ainda, talvez, se sinta um zero à esquerda e não solte um olhar conquistador para um(a) paquera.
O inverso também é verdadeiro. Se você ouvir várias vezes de alguém, de forma sincera, “você é muito inteligente”, “você é muito inteligente”, “você é muito inteligente”, mesmo que você não se achasse tão inteligente, você vai olhar no espelho e dizer “é... talvez eu seja mesmo inteligente” e, talvez, faça coisas que não imaginava antes e até ultrapasse seus limites. Imagine se ouvisse isso de mais de uma pessoa...
É meu caro leitor ou minha cara leitora, as palavras e o nosso meio influenciam na nossa auto-estima e em quem somos. Ou melhor, as palavras das pessoas que valorizamos. E às vezes nem precisam palavras, mas olhares/gestos de crítica, de desaprovação, de apoio, de incentivo, de admiração, que substituem qualquer palavra; enfim, nossas palavras responsáveis ou irresponsáveis para determinadas pessoas.
Mas temos "lapsos de memória" com relação a isto e esquecemos este nosso poder. E há quem o faça sabendo do ‘mal’ que podem causar...
Sim... e a crítica? Não devemos fazê-la? Devemos, com certeza! Mas há formas e formas de se fazer uma crítica. E mais, dependendo da forma, ela será ou não aceita pelo ouvinte, para sua vida. Ninguém é obrigado (a) a aceitar algo colocado de “goela abaixo”. Mas se alguém nos deixa mastigar, saborear, para então engolir, a digestão será mais completa, porque pudemos perceber que aquilo é bom mesmo, que aquele caminho é o melhor a seguir, ou talvez não, pudemos perceber que o caminho que estamos nos faz melhor (a partir da nossa subjetividade única, da nossa forma de ver o mundo). E vale frisar que o questionamento adequado é uma ótima forma inteligente de AJUDAR o outro.
E esta atitude implica respeito ao próximo. A QUEM é o próximo. Cada pessoa tem sua história de vida que a constitui. É um crime não respeitarmos ou acharmos que somos melhores que o outro, não aceitando que temos muito a aprender com todos, e a ensinar, e que ninguém é melhor que ninguém.
O que preferimos? Fazer uma pessoa passar o dia todo pensando em suas possibilidades, caminhos e potencialidades (de até mudar para melhor) ou fazê-la passar o dia todo pensando em suas fraquezas e impossibilidades? Queremos ‘frear’ a pessoa ou ‘acelerá-la’? Isso é o poder da palavra e da nossa influência sobre os outros.
Se não sabemos ainda como dizer algo a alguém, que fiquemos calados e formulemos melhor para que o resultado seja POSITIVO na vida da outra pessoa. E talvez o que seja bom para aquela pessoa não é o que seria bom para nós. Mas deve ser tudo com base na SINCERIDADE, se não, melhor permanecermos calados.
Observe a sua volta ao menos quantos elogios sinceros você recebe e dar, e note a importância do que coloquei acima, seja em CASA, no TRABALHO, na ESCOLA/FACULDADE, entre AMIGOS, em algum GRUPO informal, na IGREJA, enfim, onde quer que estejamos. Faça o teste! Seja diferente e fique feliz em ver o outro feliz! Plante sua sementinha para um mundo melhor, a começar pelo seu!
Imagine se todos os pais, ‘chefes’, irmãos, padres, pastores, amigos, colegas de trabalho, etc, agissem dessa forma... Mas parece difícil para alguns! Talvez por medo incosciente de ver o outro melhor, ou de perder o lugar, ou até por não achar importante, enfim...Ainda bem que podemos pensar sobre e sermos melhores a cada dia...
Ah! Tenho que enfatizar que para os líderes a responsabilidade é ainda maior! Mas para um verdadeiro líder essa é a melhor das responsabilidades!
Podemos fazer MAIS pelas pessoas a nossa volta, podemos acreditar, antes de qualquer palavra ou olhar, no POTENCIAL de todos os seres humanos, e ajudá-las (e nos ajudar) a explorarem o que têm de melhor e a serem cada vez melhores.
E, o melhor, o feitiço pode se voltar contra o (a) feiticeiro (a)...
Para finalizar a forma simples que coloquei meus pensamentos, deixo duas Teses das 20 sobre autoconhecimento e a importância de saber viver, de um pensador russo chamado Guerdjef:
15 - Não queira saber se falaram mal de você e nem se atormente com esse lixo mental; escute o que falaram bem, com reserva analítica, sem qualquer convencimento.
E ainda coloca:
20 - Entenda de uma vez por todas, definitiva e conclusivamente: você é o que se fizer ser.
* Li a obra deste pensador a partir de fontes terceiras, então, pode ser que as palavras não sejam exatamente essas,; mas por nenhum motivo perderão suas utilidades e beleza.
Até o próximo post!
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